Don Capollo – Segredos de Famiglia
DON CAPOLLO APRESENTA: SEGREDOS DE FAMIGLIA
Organização de MARIA DO CARMO ZANINI e ilustrações de DANIELE RIOS BOLEEIRO. Contos de ROBERTO CAUSO, PAULO SANTORO e ROGERIO SALADINO, entre outros, inspirados nas cartas de negócios do jogo DON CAPOLLO, de Gustavo Barreto.
DON CAPOLLO, de Gustavo Barreto, publicado pela Hidra Games/ Devir Livraria, é o Poderoso Chefão dos jogos de tabuleiro. Começa com o atentado à vida do Don já idoso. Seus seis filhos e subchefes passam a disputar o mais alto posto da famiglia e, nessa competição, a arte de negociar é suprema, mas sobra muito espaço para a intriga. Don Capollo terá duas sequências, jogos independentes que também podem ser considerados continuações do primeiro. Em VENDETTA, já em desenvolvimento, a família está à caça dos mandantes e, quando descobrir qual gangue foi a responsável, a vingança será sumária.
No terceiro jogo, ainda sem título, os gângsters de Chicago vão “para os colchões” e lutam para manter ou expandir seu território. SEGREDOS DE FAMIGLIA é a primeira encarnação transmidiática de DON CAPOLLO, uma iniciativa no campo da literatura. É uma coletânea de nove contos que expande e pormenoriza o universo cínico, tenso, fatalista, violento e politicamente intricado da trilogia de jogos.
Bem-vindos à era mítica do gangsterismo norte-americano. A Lei Seca está em vigor e o comércio ilegal de bebidas alcóolicas é um dos melhores negócios da terra. Pessoas de espírito empreendedor ou abandonadas à margem da sociedade encontram no submundo ilegal e clandestino a chance de realizar seu “sonho americano”.
O contrabandista de uísque, até há pouco, era o herói folclórico das grandes cidades, o aventureiro que desafiava a lei e a moral hipócrita para levar um pouco de “diversão líquida” ao povo. Mas a concorrência passa a ser feroz e a disputa por território descamba rapidamente para a violência exagerada. É preciso diversificar os negócios, manter a clientela na linha, falar grosso com os rivais. E os rivais muitas vezes reagem à altura. As quadrilhas tomam o lugar do empreendedor individual. O herói folclórico tornase chefe ou capanga e, não raras vezes, um personagem trágico.
São os anos de formação do crime organizado nos Estados Unidos. Os imigrantes italianos e seus filhos contribuem estruturando as gangues de acordo com as tradições do exército romano, da Cosa Nostra e da Camorra. A hierarquia deixa entrever somente os soldados, um ou outro capitão, raramente o comandante supremo.
Entretanto, ainda estamos longe da instituição da Comissão. O sindicato do crime e seus longos tentáculos, estendendo-se de uma costa à outra dos Estados Unidos, é coisa do futuro. As grandes famílias mafiosas dividem feudos em grandes cidades; sua influência é, sobretudo, local. SEGREDOS DE FAMIGLIA acompanha os três grandes momentos do enredo fundamental dos jogos: a sucessão, a vendeta, a guerra. O primeiro conto, “O filho de O’Higgins”, se passa na noite do atentado. O último, “Doze dólares”, um ano e meio depois, prenunciando os primeiros movimentos da batalha.
As cartas do jogo DON CAPOLLO, uma para cada negócio da família, ilustram as empreitadas clássicas do crime organizado, na vida real ou na ficção: Agiotagem, Armas, Azeite (representando o negócio de fachada), Bebidas, Cassino (exemplificando a exploração da jogatina), Corrupção, Obras de Arte para ilustrar o fascínio do gângster pelo status) e Prostituição. Em SEGREDOS DE FAMIGLIA, há um conto inspirado em cada uma delas, e também acrescentamos Falsificação, uma carta que ainda aparecerá numa expansão do jogo e irá revolucionar sua dinâmica. Às vezes, o negócio é só pano de fundo para tramas elaboradas, como em “O maior dos favores”.
Outras vezes, é a fonte do conflito, como se vê em “A senhora que chora”. E, por fim, SEGREDOS DE FAMIGLIA passeia por toda a hierarquia do crime organizado. Os associados, indivíduos que prestam serviços importantes, mas não são considerados “homens feitos” da famiglia, são retratados em “Canção napolitana” e “A carta de Mosheh Rosenthal”. Os soldati aparecem não só, mas principalmente em “O filho de O’Higgins” e “Um lugar sujo e mal iluminado”. “Um papel feito para mim”, apesar de, nas palavras de seu autor, mostrar a queda de um ser desprezível, estabelece o contraste que vai realçar a personalidade de Costanza, um caporegime dos Capollo.
“Lição de história” nos apresenta o Professor, o consigliere mais simpático e assustador de que tenho notícia. E, se alguns contos, como “A senhora que chora” e “Doze dólares” nos dão um vislumbre dos irmãos Capollo, cabe a “O maior dos favores” nos revelar um dos capi em toda a sua glória. SEGREDOS DE FAMIGLIA vem com duas surpresas: a primeira é um brinde exclusivo, uma carta especial para o leitor acrescentar ao jogo DON CAPOLLO. A outra surpresa é um código que o leitor poderá decifrar e descobrir mais um segredo da famiglia Capollo.
AUTORES
– MARIA DO CARMO ZANINI, ou MC ZANINI, não é rapper, mas já se acostumou com a piada. RPGista de carteirinha, transformou o hobby em trabalho e pode dizer que tem o melhor emprego do mundo. É editora na Devir Livraria e faz freelas como tradutora. Em mais de dez anos de carreira como profissional do texto, ajudou a trazer uma penca de obras para o português e se orgulha particularmente de Histórias da guerra, poemas de Charles Bernstein (Martins, 2008); Changeling: os Perdidos (Devir, 2011) e Mago: o Despertar (Devir, 2010), dois RPGs da White Wolf; e o clássico da ficção científica Duna, de Frank Herbert (Aleph, 2010).
É coautora de Curumata: de volta à floresta (Devir, 2005), um livrojogo para crianças, além de ter organizado os Anais do I Simpósio RPG & Educação (Devir. 2002). Escreve muito bissextamente desde os onze anos de idade e acha ter timing de contista: quanto mais curto o conto, melhor. Ganhou a primeira partida de DON CAPOLLO que jogou, mas só está nesta coletânea porque Nancy Sinatra é sua “prima”.
– DANIELE RIOS BOLEEIRO, ou apenas DANDI, é ilustradora independente, formada em Desenho Industrial pelo Mackenzie. Participou de projetos diversos, entre capas de livros, e-learning, jogos, quadrinhos, RPG, e outros. Especializou-se em se adaptar a qualquer gênero solicitado pelo mercado. Em 2011, junto a uma equipe de talentosos artistas, faturou o prêmio HQ Mix na categoria Infantil/Juvenil como colorista de Pequenos heróis, de Estevão Ribeiro (Devir, 2010). Em 2013, criou todo o conceito, projeto e arte de DON CAPOLLO, o jogo de Gustavo Barreto que tem a Máfia ítalo-americana como tema (Hidra Games/ Devir, 2013).
A partir de 2014, passou a criar as capas e a arte da série Mundo de Oz, para a editora Vermelho Marinho. Seja como ilustradora, designer ou na prática de seus hobbies, como quadrinhos, cosplay e RPG, sua força está em sempre tentar algo novo e desafiador, com a intenção de levar mais experiências lúdicas e diferentes a todos.
OUTRAS INFORMAÇÕES
Organização: Maria do Carmo Zanini
Ilustrações: Daniele Rios Boleeiro
Contos: Roberto Causo, Paulo Santoro e Rogério Saladino
Núemro de páginas: 96 páginas
Formato: 14 x 21 cm
Miolo: couché fosco 90 g/m2, 2×2 cores
Capa: couché brilho 250 g/m2 , 4×1 cores, laminação brilhante